sexta-feira, maio 26, 2006

Ser ou não ser prioridade

Há dias dei uma volta pelos caminhos que circundam o cemitério, como costumo fazer muitas vezes, e fiquei deveras surpreendido com as obras de arranjo que ali estão a ser feitas. Não contesto a necessidade das mesmas.Mas seria tão urgente fazê-las? Era necessário um projecto desses que me parece ser bastante dispendioso?
Não seria muito mais prioritário resolver o problema do tratamento dos esgotos da cidade e das aldeias?
É incontestável que aqueles que já partiram, tenham como última morada um lugar digno, mas os que cá estão, merecem também um ambiente de qualidade, condição indispensável para uma vida saudável.
É caso para dizer "enterrem-se os vivos e tratem-se os mortos", com todo o respeito por aqueles que descansam em paz, nas suas sepulturas.
Já no tempo do Marquês, se sabia o que era prioritário para a saúde pública, parece-me que aqui em Mangualde passados 231 anos, ainda não!

5 Comments:

Blogger Crónicas de Ariana said...

Ainda não vi as obras, mas já ouvi os comentários e, em geral, todos concordam que os gastos com as referidas obras podiam ser menores.
Sinceramente, não fosse estar longe, que iria agora mesmo verificar!

12:15 da tarde

 
Blogger Bel said...

Em obras maiores maiores sao os lucros, isso e a verdade. Para muitos nao interessa qual a prioridade

3:38 da tarde

 
Blogger Silvia said...

Vim retribuir a visita :) Obrigada, senhor professor.

Aprecio a sua preocupação ambiental!

Silvia

10:44 da manhã

 
Blogger Al Cardoso said...

Sem duvida que os "patos bravos" queria dizem os senhores empreiteiros, agradecem de certeza.

Um abraco fornense.

2:21 da manhã

 
Blogger heresias consentidas said...

FEIRA DE SÃO MATEUS/2006

- UM CERTAME DE CORAÇÃO
E COM CORAÇÃO!


Começaremos por dizer que a coisa mais fácil e simples deste mundo é chegar à fala com o Presidente da Feira de S. Mateus, Jorge Carvalho.
Verificámo-lo por experiência própria!
Nunca, ao que constatámos, o líder do Executivo da “Expovis” se recusou a receber fosse quem fosse! É só chegar à secretaria, perguntar por ele, entrar e falar. Fácil, não?!
É claro que para todos aqueles que chafurdam nos pântanos da maledicência anónima, dar a cara e confrontar directamente os responsáveis, conversar com eles e esclarecer dúvidas... bom, esta parte está fora de questão, não é? compreende-se!..
É infantil atirar pedradas às pessoas e meter de seguida as mãos aos bolsos como se não fosse nada connosco. Infantil, estúpido e perigoso. E depois lembra aquele velho ditado “só se atiram pedras às árvores que dão bons frutos”.
Mas, vejamos, para responder às críticas que por aí têm circulado:
As entradas na Feira de Maio, em Aveiro, custam realmente 1,5 euros (dos quais 37,5% revertem a favor das Corporações de Bombeiros daquela cidade). Todavia, atente-se no sofisma desta afirmação: - A Feira de Maio cobra-se de 1,5 euros, mas apenas em dias normais. Os críticos não referem – porque lhes não convém ao discurso - que os dias de espectáculo são cobrados a DEZ EUROS!!!
Falemos agora de receitas:
A Direcção da Feira prossegue a política seguinte: Bombeiros Voluntários – 100 por cento das receitas; Rádio Renascença – 100 por cento das receitas; Paróquia de São José – 100 por cento das receitas; e Confraria de São Vicente de Paulo – 100 por cento das receitas.
Perguntamos: chega para “bater” os 37,5% da Feira de Maio?
A política da “nossa” Feira é, em nosso entender, muito mais abrangente e muito mais justa, pois “entrega” totalmente os dias festivos às referidas Instituições, sendo, por isso mesmo, tudo da responsabilidade delas – bilheteiras, espectáculos, etc... A Direcção da Feira não tem nisso qualquer intervenção, permitindo que as Instituições programem e executem os seus “dias” como bem lhes apetecer.
A Direcção da Feira consegue, assim, prosseguir os seus objectivos de agradar a um público que é, necessariamente, diverso e diversificado e tem-no conseguido, isso mesmo se percebendo pelo crescente número de visitantes, de ano para ano, contrariamente ao que as más-línguas apregoam.
Se fosse minimamente verdade que a Feira estivesse a perder qualidade, a primeira coisa a ressentir-se disso seriam as bilheteiras. Ora, não é o caso!... E a Feira, como qualquer outra empresa, de qualquer género (até se pode invocar as empresas de Comunicação Social para este exemplo!), perderia drasticamente o seu mercado de acordo com a perda de qualidade!!!
Perderia expositores e perderia público visitante. Ora, os números são claros. A Feira nem perde Expositores nem perde Visitantes.
Isto deveria fazer com que os “opositores de serviço” metessem a viola no saco.
Se uma Televisão for fraca, o público-alvo muda de canal. É assim com tudo e em toda a parte. Quem assim não o entender não possui a mínima noção de nada nesta vida.
“Neste momento, alguns dos números a que já tivemos acesso, apontam para um novo “record” de bilheteiras, quer dizer cerca de 200 mil entradas pagas. Ora, isto, por si só, é o melhor elogio a que a gestão da “Expovis” pode aspirar” – rematou Jorge Carvalho.
Instalações Sanitárias:
Não é também verdade que haja “falta gritante” de equipamentos básicos.
A Feira tinha, no ano passado, as suas instalações sanitárias todas juntas, por não existir rede de esgotos. Este ano optou por dividi-las e espalhá-las pelo recinto. São CINCO ao todo e estão lá para quem não for cego, nem de olhos nem de espírito.
Construiu-se uma rede de esgotos nova já este ano – não se vê mas existe! – e isso permitiu a construção de cinco novos lavabos, a saber: um junto ao palco (16 às 24h), dois na zona comercial (08 à 01h) e outros dois na zona das enguias (08 às 02h). Pretendia-se acrescentar mais um na zona dos “carrousseis”, porque sabemos que daria jeito, mas a rede não o permite.
Bilheteiras:
Este ano, também para gente de olhos abertos, foram desenhadas e construídas novas bilheteiras, para anular o efeito “caixote” que as anteriores tinham.
“Aglomerado de feirantes sem ordem aparente”:
Existe ordem em tudo o que respeita à Feira... pode é não ser a ordem que outros lhe dariam, mas isso já é outra história! Estamos aqui como no futebol: treinadores de bancada há-os aos milhares, mas se calhar nenhum joga à bola nem nunca jogou!
A “arquitectura” do recinto da Feira está concebida por forma a optimizar os seus espaços e, ainda, por forma a permitir que, em caso de qualquer incidente, se consiga uma adequada e rápida actuação dos meios de socorro, ambulâncias, bombeiros, polícia, etc...
Corredor Central:
O terreno da Feira não estica! Jorge Carvalho é peremptório quando afirma que “o terreno disponível e delineado para a realização da Feira foi-nos entregue tal qual aí está e os metros quadrados não esticam”.
O chamado ‘corredor central’ teve, portanto, de se deixar ‘cair’. Não se fazem omoletas sem ovos. O espaço disponibilizado falou mais alto. “Não é que não tenhamos pena e que também a nós não nos agradasse contentar tudo e todos... mas era humanamente impossível. Como em tudo, na vida, “não se pode agradar a Gregos e Troianos” e nós tivemos de fazer as opções que, depois de discutidas, nos pareceram as melhores” – frizou Jorge Carvalho.
Só no dia da inauguração, ainda em entradas pagas, registaram-se à volta de 35 mil. Mas é claro que no final do certame se fará o balanço, o mais rigorosamente possível, das entradas pagas e não-pagas.
Recolha de lixo:
Foi aberto um concurso público e ganhou a empresa “Agilusa”. A recolha dos lixos é efectuada em regime de permanência. Existem contentores em número considerado suficiente e todos os dias, à noite, são recolhidos e esvaziados. Se há queixas – que não há! – a “Expovis” só tem de contactar a empresa responsável.
A desejada fruição:
A terminar o rol de críticas à Feira actual, ouve-se que “não existe preocupação com o fruir dos visitantes”...
Então é assim: o Executivo faz sempre um esforço enorme para ir ao encontro dos gostos mais diversos e diversificados, sabendo, de antemão, ser tarefa ciclópica. Ainda assim, concretiza aquilo que considera ser a gestão mais adequada, destacando-se a presença das louças de Barcelos, o artesanato, os “carrousseis”, os carrinhos de choque, as farturas, enfim, tudo o que é importante e fundamental numa feira com este figurino e que se deseja manter popular.
Quer dizer: todos os dias é um dia novo e diferente. Se um dia há quem não goste, temos a certeza de que há quem goste e o equilíbrio revela-se perfeito.
Programação:
Em termos da programação, ponto muito apetecido pelos “profetas da desgraça”, Jorge Carvalho reafirma que a mesma é elaborada atendendo aos gostos de um público tão variado como é o da Feira.
E o exemplo não tarda: “O Quim Barreiros arrasta multidões. A Feira enche com o Quim Barreiros e, por exemplo, o Grupo que aí esteve, o “Mercado Negro”, teve menos 6 ou 7 mil pessoas. E o curioso é que eu próprio vi muita juventude frente ao palco, alegre, divertida e de braços no ar. Não vi a mesma coisa noutros grupos que já actuaram e, também lhe digo, vou estar atento no próximo Domingo, dia 17, com a actuação dos “Boss AC”.
“Nestas coisas de programação dita “erudita”, para intelectuais ou pseudo-intelectuais, temos de ter em conta que a “Expovis “ é uma empresa e, embora noutro plano, claro, não pode deixar de ter em atenção a sua saúde financeira. E depois, por amor de Deus!, nós temos de dar ao público o que ele quer, quando não estaríamos a fazer uma feira para o próprio umbigo!
“Enquanto eu aqui estiver, a Feira oferecerá aos visitantes aquilo e só aquilo que os visitantes desejarem e demonstrarem que gostam. A Feira – e outra coisa fora disso torná-la-ía inviável! – tem de apostar numa programação que agrade e tenha saída e não numa programação que dê prejuízo.
“Temos aí o “Viseu, Naturalmente” e nós estamos atentos e sabemos o que acontece com os programas “eruditos”. Ora, eu pergunto: onde estão, nas alturas próprias e nos espectáculos próprios, esses ditos “intelectuais”? É que aqui na Feira nós vemos e sabemos onde estão as pessoas que gostam dos programas que introduzimos e delineamos.
“Mas, para terminar este assunto, eu gostaria muito que todos os que têm críticas viessem até aqui falar comigo, porque eu tenho, através dos números, a resposta a todas as dúvidas que possam existir.”


A Feira está aí e os números de um balanço que já se pode adivinhar confirmam que os responsáveis da “Expovis”, uma vez mais, fizeram das tripas coração para ofertar à cidade, e a quantos de fora a visitam, um certame de coração e com coração.

10:05 da manhã

 

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